Discussão inclui Economia Solidária entre os princípios da ordem econômica
Em reunião organizada pelo mandato do senador Jacques Wagner (autor da PEC 69/2019), representantes do governo e da sociedade civil da Bahia discutiram as estratégias para construção de Audiência Pública sobre a PEC da Economia Solidária, que deve acontecer no dia 9 de dezembro, na Assembleia Legislativa. O encontro aconteceu na Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, em Salvador.
A expressiva presença entidades da sociedade civil, como Unicopas, Unisol, Cáritas Brasileira, Fórum Baiano de Economia Solidária, Fórum Baiano de Agricultura Familiar, além de assessores da Secretaria do Trabalho da Bahia e da Superintendência de Economia Solidária da Bahia, garantiu um embasamento teórico e prático de grande riqueza para a atividade.
O encontro foi bastante propositivo, trouxe elementos para a viabilização da PEC e refletiu sobre qual modelo de economia defendemos, a partir dos princípios e características de cada movimento.
O ciclo de audiências para discussão e construção de apoio à PEC começa na Bahia em função do histórico do estado no movimento da Economia Solidária. Foi na Bahia que as políticas públicas do setor tiveram seu início quando Jacques Wagner era governador e pautou a política estadual de Economia Solidária, que garantiu a criação da Superintendência de Economia Solidária da Bahia- Sesol, dentro da Secretaria do Trabalho.
“É como voltar para casa pra refletir sobre as práticas que aqui deram certo, das construções metodológicas, as articulações políticas dentro do movimento e dar um pouco de nivelamento desta pauta para os outros estados porque a audiência vai percorrer os outros oito estados do Nordeste”, conta Anne Sena, presidenta da Unisol Bahia e tesoureira da Unisol Brasil.
Léo Pinho, presidente da Unisol Brasil, destaca: “Esta PEC faz com que o movimento de Economia Solidária deixe de ser meramente um instrumento de reparação social ou assistência, para se tornar um modelo de desenvolvimento econômico para o país. É trazer a economia para o debate enquanto economia”.