Essa é a época em que pequenos comerciantes locais, cooperativas e artesãos tentam se reerguer da crise pandêmica, levantar fundos e pagar suas contas.
A tradição da troca de presentes entre familiares e amigos movimenta a economia, tornando-se muitas vezes a possibilidade de melhora na renda mensal de milhares trabalhadoras e trabalhadores que estão desempregados ou atuam no mercado de maneira informal, sobrevivendo através da venda de panetones, lembranças, enfeites, panos de pratos e outros tipos de artigos.
Dessa forma, nós da Unisol Brasil faremos uma campanha em todo Brasil o Natal Movimentando Vidas, visando o incentivo à compra de presentes em empreendimentos solidários. Serão quatro frentes de atuação: Financiamento coletivo que será destinado às cooperativas da Unisol; drive-in para doações de alimentos e kits de higiene para 3 mil famílias durante 3 meses; o adote uma família atendendo diretamente mil famílias e o Festival de Economia Popular Solidária, que reunirá diversos seguimentos da arte e cultura além da apresentação de diversos produtos dos empreendimentos solidários parceiros. Atuaremos em três estados: Minas Gerais, Bahia e São Paulo.
“Ao consumir de uma cooperativa, de um artesão, estamos ajudando uma comunidade inteira, e consequentemente retomando o desenvolvimento desses locais”, diz Anne, tesoureira da Unisol Brasil e presidenta da Unisol Bahia.
Com a maior crise financeira e sanitária dos últimos tempos e sem nenhum programa federal para geração de emprego e renda, os presentes menores devem ser a escolha da maior parte dos brasileiros para esse fim de ano.
Nesse sentido, priorizar pequenos negócios, gerenciados por pessoas do seu bairro, da sua rua e da sua região pode ajudar muito pais e mães de família que perderam suas fontes de renda durante a pandemia, é hora de esquecer as grandes empresas e redes de comércio.
Os empreendimentos solidários estão se preparando para diversificar seus produtos para assim melhor atender a demanda dos consumidores, como o caso da Cooperativa Múltipla Fontes Engomadeira (Coofe) em Salvador (BA), produtora de pães há 20 anos. Em 2004 passaram também a produzir panetones e roscas italianas e desde 2010 também realizam buffets. “Todos os cooperativados aguardam o natal com esperança porque é nas festas de fim de ano que conseguimos tirar até um 13º salário.” – Diz Janice de Jesus Vieira, presidenta e uma das fundadoras da Coofe.
O mesmo sentimento é compartilhado pela ex-faxineira de São Paulo, Maria Aparecida da Silva Lopes, 60 anos, Maria pinta e borda fraldinhas, mantas de bebê, aventais e panos de prato.
“Vou conseguir um rendimento para pagar minhas contas” – diz Maria.
Essas compras movimentam a economia local, ajudando na renda de milhares de pessoas e na geração de emprego. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no Brasil, 44% dos salários vem do pequeno negócio representando 27% do Produto Interno Bruno (PIB).
Essa tendência também vem sendo incentivada nos setores progressistas de países da Europa como a França. Recentemente uma petição foi lançada solicitando aos franceses que não comprem seus presentes de natal em grandes corporações como a Amazon.
Para eles, essas grandes corporações sucateiam as relações trabalhistas e acabam com o comércio local nas regiões onde se instalam, principalmente no cenário pandêmico, em que as compras online cresceram substancialmente.
Aqui no Brasil também houve grande aumento no percentual de compras online desde o início da pandemia, os dados mostram um crescimento de 47% no 1º trimestre, a maior alta em 20 anos. No total, o faturamento foi de 38,8 bilhões, com registro de mais de 90 milhões de pedidos segundo pesquisa da Ebit/ Nielsen.
Caso queira nos auxiliar nessa inspiradora e desafiadora campanha, acesse o formulário abaixo para se cadastrar.