Presidente Léo Pinho visitou duas cooperativas no primeiro dia de atividades junto à Coopercentral VR, em SP
Um projeto de lei para que as prefeituras passem progressivamente a adquirir produtos orgânicos da agricultura familiar. Este foi o texto entregue pelo presidente da Unisol (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários), Léo Pinho, às lideranças de duas cooperativas do Vale do Ribeira, na região sul do estado de São Paulo. (Foto de capa, da esquerda para direita: Julia Köpf; o vereador de Miracatu Claudio Honorio; o presidente da Abam, Rafael Grothe; e Léo Pinho)
O objetivo é garantir que as prefeituras de Miracatu e Sete Barras comprem um índice mínimo de produtos orgânicos e agroecológicos – mais saudáveis e menos agressivos ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, a implementação da lei garantiria o sustento de centenas de famílias que vivem da agricultura no Vale sem ter conexão com grandes empresas.
Nesta segunda (24/5), junto com a líder estudantil Julia Köpf, do coletivo ParaTodos, Pinho começou sua visita de três dias a empreendimentos filiados à Coopercentral VR, cooperativa de segundo grau – ou seja, que reúne iniciativas de diversas cidades do Vale do Paraíba.
Pela manhã, a visita foi à Associação dos Bananicultores de Miracatu (Abam) onde, depois de conversar com os associados, Pinho entregou o texto do PL ao vereador Claudio Honorio. O evento, concluído com uma reunião-debate entre os filiados, ocorreu no próprio galpão de logística da Abam, com os devidos cuidados de uso da máscara e distanciamento.
A Abam reúne 105 produtores em torno do plantio e do beneficiamento da banana – cujos derivados, incluindo doces e chips, são dos principais produtos do Vale do Ribeira.
À tarde, a visita foi ao galpão da Cooperagua, em Sete Barras, onde Léo e Julia conversaram com os cooperados. Parte deles reside no assentamento anexo, no qual se destacam as plantações de banana, palmito e açaí jussara, uma variedade típica da região.
O presidente da Unisol ouviu sobre os problemas da área. Muitos agricultores ainda encontram dificuldades para obter autorização e levar infraestrutura mínima para o terreno de plantio, ainda que este plantio seja de produtos agroecológicos ou até mesmo agroflorestais.
“O impacto é mínimo, praticamente inexistente, e ainda assim as grandes empresas, que geram impactos enormes, conseguem autorizações mais facilmente do que nossas cooperativas”, disse o presidente da CooperCentral VR, Isnaldo Lima da Costa Júnior, que acompanhou todas as visitas.
Ao final, Léo Pinho pediu que a CooperCentral reúna as demandas, criando projetos unificados que possam ser defendidos pela Unisol em diferentes instàncias públicas e privadas. “Se vários empreendimentos precisam do mesmo insumo, nós não precisamos fazer vários pedidos, mas apenas um que valha para todos. E isso abre espaço para lutarmos por outros insumos também.”
A visita ao Vale do Ribeira prossegue nesta terça (25) e quarta (26).