A explicação para isso está na origem da cooperativa, nascida a partir do trabalho desenvolvido pelo Instituto Villaget. Fundado em 2004 pelo designer Mário Pereira, o instituto tem o objetivo de oferecer opções de recreação e capacitar profissionalmente os jovens da Vila Getúlio Vargas, comunidade carente da cidade gaúcha.
O projeto forma trabalhadores para atuar na famosa indústria de calçados do município. Mas em 2009, um grupo de sete formandos decidiu fundar uma cooperativa para praticar o ofício que haviam aprendido. Hoje, a Cooperget tem uma produção mensal de 600 peças por mês. Além de calçados, o empreendimento fabrica mochilas e acessórios com lonas recicladas e algodão orgânico.
“Possuímos uma loja própria aqui em Novo Hamburgo, toda montada com conceitos ecológicos, móveis reciclados produzidos a partir de tonéis descartados”, afirma Pereira, que além de fundador do Instituto Villaget é presidente da Cooperget. Sem se esquecer da comunidade que deu origem ao empreendimento, a Cooperget é hoje uma porta de entrada para o mercado de trabalho dos jovens formados no Instituto Villaget. E trabalho é o que não deverá faltar nos próximos anos.
Por conta da filosofia voltada à produção sustentável, a Cooperget planeja também investir na marca Ecouni, pertencente à Unisol Brasil e usada por empreendimentos como a Unimáquinas, de São Bernardo do Campo (SP), e Unipol, de Joinville (SC). A cooperativa gaúcha também fechou, recentemente, parceria com a Justa Trama, que irá fornecer matéria-prima para uma nova linha feita com algodão orgânico.