A Cadeia Solidária Binacional do PET é um projeto sustentável, e que tem ajudado a erradicar a extrema pobreza no Rio Grande do Sul. Nossa sociedade tem enfrentado graves problemas com o consumo desenfreado de produtos em embalagens de plástico, pois as mesmas vão para os lixões, bueiros e rios, entupindo os fluxos de água, córregos, lagoas, rios e mares, destruindo a vida aquática e a drenagem das águas dentro das cidades.
O objetivo do projeto é a preservação do meio ambiente e a divulgação de todo o processo da cadeia de transformação do PET, desde a coleta até o desenvolvimento de um novo produto, evitando os problemas com a poluição. Cooperativas filiadas à Unisol fazem parte desta iniciativa.
Para isso, o processo, formado por vários empreendimentos da economia solidária, como cooperativas e associações, atuam desde a coleta da garrafa PET, passando pela transformação da PET em flake, fibra, fio, tecido até a confecção e o artesanato. Dessa forma, contempla o desenvolvimento sustentável com a distribuição de renda gerada de forma justa. Simultaneamente ao projeto, acontecem as campanhas de consciência e preservação junto às redes comerciais e os consumidores.
O principal desafio desta cadeia é transformar os diversos resíduos reciclados em novos produtos, trabalhando com as centrais organizadas.
Etapas da cadeia do PET
A cadeia do PET abrange as seguintes etapas: as cooperativas e associações de catadores gaúchas realizam coleta, reciclagem e prensagem das garrafas PET; centrais de reciclagem instaladas nas cidades-polo, transformam o PET em flake, por meio de equipamentos com capacidade para 850 Kg/h; o flake é enviado para a Coopima, em San José (Uruguai) e processado em fibra sintética; a Coopertêxtil, em Pará de Minas (Minas Gerais), fará o processo de fiação e tecelagem, transformando a fibra em tecido; no Rio Grande do Sul, cooperativas de costureiras confeccionarão peças de roupas, calçados, sacolas, produtos de cama e mesa, entre outros artigos fruto de cadeia produtiva sustentável.
Fazem parte da cadeia o polo de produção da COMCAT, em Santa Cruz (RS), da Coopetsinos, de Canoas (RS) da Coopetsul, de Jaguarão (RS), da Coopetsinos, de Novo Hamburgo (RS) e da Coopernorte, Passo Fundo (RS).
E a iniciativa resulta da articulação do departamento do Incentivo e Fomento da Economia Solidária com a Secretaria Nacional da Economia Solidária (Senaes/MTE); INACOOP; e do Governo do Uruguai, junto com as organizações: Red del Sur, Fórum de Catadores do Vale dos Sinos, Movimento Nacional dos Catadores, Unisol Brasil, Caminho das Águas, Planeta Vivo e várias ONGs e universidades brasileiras.
Os municípios que abrigam os Polos, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, o Governo Federal do Brasil e o Governo do Uruguai acreditam e apoiam esta iniciativa, investindo recursos. Em setembro deste ano o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, esteve no estado do Rio Grande do Sul para conhecer as ações do projeto.