Representantes de movimentos sociais e de organizações do terceiro setor participaram no dia 9 de agosto do encontro com presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Streit e com diretores e funcionários. O objetivo foi discutir e formular propostas, que fortaleçam o conceito de Tecnologia Social para superação da pobreza e para o desenvolvimento sustentável. As propostas serão levadas para a Conferência Rio+20, que acontecerá em junho de 2012, no Rio de Janeiro.
O evento contou ainda com as participações do ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República; Gilberto Carvalho; do Secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani; do diretor do Centro de Pesquisas do Brasil Contemporâneo na Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais em Paris; Ignacy Sachs; do facilitador da Sociedade Civil Brasileira para o Rio+20, Sílvio Sant´Ana; da Secretária executiva do Meio Ambiente, Yana Sobral; do professor da Universidade de Brasília e coordenador do Observatório pelo Movimento da Tecnologia Social na América Latina, Ricardo Neder; do representante do MNCR (Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável), Severino Lima e da representante do Centro de Agricultura Alternativa/Rede Cerrado/ASA, Leninha Alves de Souza, nas mesas de debates: “Situação do debate conjuntura política da Conferência Rio+20” e “Tecnologia Social para superar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável”.
O presidente da Fundação BB, Jorge Streit, disse que a expectativa é que se consiga, de forma organizada, intervir no debate internacional, colocando a Tecnologia Social como instrumento de desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza. “Sentimos a necessidade de trazer as Redes que se relacionam com a Fundação BB para, juntos, discutirmos propostas que envolvam as Tecnologias Sociais, porque esse é o tema que está em ebulição com a Sociedade Civil”, afirmou.
Já o professor Ignacy Sachs, especialista em assuntos ambientais, relembrou a importância do planejamento com diálogo. Segundo ele, é absolutamente indispensável a participação de todos – governo, sociedade civil e movimentos sociais, pensando nas reivindicações e propostas mais urgentes. “Nós não resolveremos todos as questões da Rio+20 aqui; temos que refletir onde exatamente podemos dar nossa contribuição, uma contribuição que outros não podem dar. Eu creio que as tecnologias sociais podem ser uma das bandeiras que poderemos levar para a Rio+20”, afirmou.
Durante a tarde, o ministro Gilberto Carvalho falou sobre a consciência que o Governo tem com relação à importância da mobilização em torno da Rio+20. “A Rio+20 representa uma conquista e um significado especial para o nosso país. Na conferência existem dois aspectos importantes: de um lado é importante que haja uma grande participação internacional, que seja uma conferência de peso e que não corra o risco esvaziamento, visto que os temas não são temas confortáveis para muitos países. Mas o Governo já está empenhado nessa questão. Por outro lado, esperamos que essa seja uma Conferência marcada pela participação cidadã. E a Fundação Banco do Brasil pode cumprir um papel muito importante nesse evento.”
Em seguida os participantes reuniram-se em grupos de trabalho para avaliar o que foi discutido e apresentar propostas. Para Leninha Alves, representante do Centro de Agricultura Alternativa/Rede Cerrado/ASA, “a Fundação BB teve um papel importante ao organizar o debate e, principalmente, ao colocar a questão da tecnologia social como ferramenta importante para a superação da pobreza no Brasil, já que as Tecnologias sociais garantem a sustentabilidade ambiental e cultural”, concluiu.
Também tiveram representantes no encontro: Unisol Brasil, Cerrado/MOPIC, Unicafes, RTS; Centcoop/DF, Abong; Mab, Rede de Metareciclagem, INAC, Rede Cerrado; Funatura; do Futuro, Rede Terra, Centro de Referência de Tecnologia Social do Paraná, Instituto Federal de BrasílaProgramando Fórum Paranaense de Tecnologia Social; INDC, Unicafes, Movimento pela Paz na Periferia entres outros.
Fonte: Fundação Banco do Brasil.