A Política Brasileira de Saúde Mental, que vem se constituindo ao longo dos últimos 30 anos com a chamada Reforma Psiquiátrica, veio substituir o modelo desumano e perverso de internação em manicômios, de características opressivas, excludentes e reducionistas. Substituiu o internamento de pessoas submetidas aos mais aterrorizantes tratamentos, em condições desumanas, pelo atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAP) Serviços Residenciais Terapêuticos, Centros de Convivência e Cultura, Unidades de Acolhimento e leitos em hospitais gerais.
Pois com uma canetada, sem direito a contraditório e a manifestação dos Conselhos Nacionais de Saúde e de Direitos Humanos, uma aliança entre o Ministério da Saúde, a Associação Brasileira de Psiquiatria e a Federação das Comunidades Terapêuticas fez, no dia último dia 14 de dezembro, mais um movimento na direção de desconfigurar a Política Nacional de Saúde Mental. Política que resistiu a diversos governos, de matrizes ideológicas diversas, e que é reconhecida internacionalmente como referência.
Confira artigo publicado pelo presidente da Unisol Brasil, Leo Pinho, em parceria com a jornalista Mônica C. Ribeiro, no jornal Le Monde Diplomatique Brasil: http://diplomatique.org.br/saude-mental-uma-canetada-nao-apaga-30-anos-de-luta/