A Cooperativa Rede Terra, com sede em Cristalina (GO), recebeu a visita de uma delegação do Egito coordenada pela FAO/ONU (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e também de diretores da Unisol Brasil, no dia 20 de junho. O objetivo foi conhecer o trabalho realizado em comunidades de cinco cidades goianas e apresentar outras experiências no setor da agricultura familiar. Esta atividade é considerada referência nacional pela própria Central de Cooperativa e Empreendimentos Solidários.
Afiliada à Unisol Brasil, a Rede Terra foi criada por agricultores familiares e técnicos para ajudar a resolver problemas com a comercialização de parte da produção agrícola. Hoje beneficia 322 famílias dos municípios de Cristalina, Luziânia, Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás e Novo Gama.
A região de Cristalina conta com a maior área irrigada da América Latina e tem o maior PIB (Produto Interno Bruto) agrícola do País. A distribuição de renda local, no entanto, é péssima, pois o dinheiro gerado não circula na cidade.
De acordo com o vice-presidente da Rede-Terra, Luiz Carlos Simion, o Zizo, o início da cooperativa foi difícil. Além da falta de recursos, havia o preconceito daqueles que viam as famílias empossadas como invasoras.
Mas agora isso mudou porque os recursos gerados pela agricultura familiar circulam na região e beneficia o comércio local. “Isso fez a mentalidade das pessoas mudar”, explicou Zizo.
Bastante organizada, a Rede Terra oferece às famílias cooperadas treinamento técnico. Ela também mantém uma agroindústria com capacidade de processar uma tonelada de alimentos, o que contribui para agregar valor à produção.
Chama atenção também um programa implantado entre os cooperados batizado de Pais (Produção Agroecológica Integrada Sustentável), que incentiva a irrigação por gotejamento. Trata-se de um sistema de produção de alimentos em canteiros circulares integrados à criação de pequenos animais.
E como a Rede Terra participa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal, parte de sua produção é comprada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que garante a comercialização de hortifrutis com preços justos, além de beneficiar famílias carentes.
Experiência – O evento atraiu a atenção de outras cooperativas como a Coopfamma (afiliada à Unisol Brasil), de Manacapuru (AM). Segundo a presidente da Coopfamma, Núbia Neves dos Santos, que viajou de Manacapuru (AM) até Cristalina para acompanhar a visita dos egípcios, o intercâmbio foi de extrema importância para ela. “Eles passaram algumas informações a respeito da maneira como se organizam para produzir e vender. Isso vai ajudar bastante a gente”, afirmou.
Especializada na produção de frutas, a Coopfamma conta com 42 cooperados e produz 200 toneladas/mês de mamão e 80 toneladas/mês de maracujá, entre outras culturas. O problema é que 40% da produção é perdida por não haver quem compre. “Por isso buscamos parceria com alguma agroindústria”.
Veja abaixo as fotos da visita:[nggallery id=122]

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