O Conselho Deliberativo para a América Latina e Caribe da Rede Intercontinental para a Promoção da Economia Solidária (RIPPES) está reunido no Acre. Na manhã desta terça-feira, os representes do Brasil, Chile, Peru, Bolívia, México, Guatemala, Colômbia e Venezuela mantiveram encontro oficial para discutir e deliberar sobre ações da instituição para a promoção da economia solidária na região. O encontro aconteceu no auditório da prefeitura de Rio Branco.
O encontro da RIPPES faz parte da programação paralela à Feira Panamazônia, que tem início às 19 horas desta quarta-feira no Horto Florestal. A feira reúne cerca de 300 empreendimentos solidários do Brasil e de mais oito países latinos.
O prefeito Raimundo Angelim esteve na abertura da reunião. Como anfitrião do evento, o prefeito saudou os integrantes da RIPPES e falou sobre a importância da economia solidária para o desenvolvimento de uma nação. “Fui um dos fundadores do Sebrae no Acre e, por muito tempo, acompanhei as ações dessa instituição em favor dos empreendimentos solidários e, por isso, sou sabedor do quanto eles são importantes para a geração de emprego e renda e para a melhoria da qualidade de vida nas cidades”, afirmou.
O prefeito lembrou que Rio Branco é uma das poucas capitais brasileiras que têm uma política voltada para o desenvolvimento da economia solidária. Isso se deve a uma lei municipal que foi instalada já em seu mandato e que vem fomentando o setor. De acordo com o prefeito, é preciso que se tenha uma legislação adequada para garantir que se promova o comércio justo e solidário de forma em que não apenas os grandes, mas, principalmente, os pequenos produtores e empreendedores sejam beneficiados.
Sobre a Panamazônia, Angelim disse que essa é uma forma de mostrar ao mundo que, na América Latina há propostas avançadas para garantir uma economia moderna que garanta a distribuição de renda mais justa.
Andréa Mendes, membro do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e representante do Brasil no Conselho Deliberativo da RIPPES, disse que o encontro serve para definir algumas linhas de atuação da instituição para a região. “Esse é o momento de avançarmos em algumas discussões e avaliarmos nossa política de atuação e propor outras que venham fomentar o crescimento da economia solidária na América Latina e Caribe”, explicou.
O representante da Colômbia, Luiz Eduardo Salcedo, afirmou que o encontro no Acre é um momento muito importante para o desenvolvimento da América Latina. Entre os temas importantes que estão discutindo é o papel dos gestores e funcionários públicos para o desenvolvimento da economia solidária. Salcedo, assim como Angelim, falou da necessidade de se ter políticas públicas e uma legislação que impulsionem a prática da economia solidária. “É preciso que os governo e instituições invistam toda suas estruturas e recursos para o fomento da economia solidária”, disse o colombiano.
Fonte: site da cidade de Rio Branco