Cerca de 180 famílias serão beneficiadas. Elas atuam na Associação de Córrego Fundo, Associação dos Agricultores Familiares de Planalto de Minas e Associação Mulheres Reais, todas de Diamantina; Associação Pró-Melhoramento de Santa Cruz de Datas e Associação Pró-Melhoramento de Palmital, ambas no município de Datas; Associação Comunitária de Desenvolvimento Rural de Amendoim, da cidade de Couto de Magalhães de Minas; Associação Comunitária de Ribeirão de Areia, Associação Comunitária de Quilombola de Espinho e Associação de Moradores da Comunidade Cuiabá, as três do município de Gouveia.
Luciano Amador dos Santos Júnior, coordenador da Base de Serviços de Comercialização da Unisol no Alto Jequitinhonha, explicou que o projeto teve início em junho com término previsto para 2014. A primeira fase, em andamento, consiste em levantar os gargalos que dificultam a venda da produção proveniente desses empreendimentos.
“Eles sabem produzir e todos participam de programas de incentivo do governo federal, além de venderem em feiras livres. Mas falta demanda, assim como há problemas de logística e também de legalização”, disse o coordenador.
De uma forma geral, as associações envolvidas produzem hortaliças, legumes, leite e quitandas (conjunto de iguarias doces e salgadas feitas em casa). Mas alguns itens, para serem vendidos fora da comunidade, necessitam de autorização dos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização de alimentos. Para tanto, é necessário a adequação aos padrões técnicos exigidos.
Para resolver a questão são realizadas reuniões periódicas com os associados e demais parceiros. A finalidade é criar estratégias de inserção dos produtos no mercado consumidor. Entre as ideias está a formação de um consórcio entre as cidades envolvidas para criação de um sistema de inspeção municipal e emissão de selo de autorização de venda dentro desses municípios.
“São cidades pequenas, sem condições de fiscalizarem sozinhas a produção e a venda de alimentos. Mas se elas se unirem, podem montar um departamento fiscalizador em conjunto e, desta forma, autorizar a comercialização local”, explica.
Numa segunda etapa, os empreendimentos vão se adequar às exigências dos órgãos estaduais e, por fim, dos federais. “Isso vai acontecer aos poucos, conforme a demanda e a produção aumentarem”, conclui Luciano Júnior.