ArteTaba
De 19 a 23 de maio, produtos feitos por empreendimentos de economia solidária serão expostos em Nova York, integrando a exposição coletiva Fresh From Brazil, organizada pela Associação Objeto Brasil.
A mostra é parte da programação da Design Week em Nova York. Participam dela a Griffe Criolê (almofadas bordadas com a temática da ancestralidade africana e da mulher); Arte Taba (biojóias da Amazônia desenvolvidas com a designer Patricia Henna); Rede Olhares do Sul, Mãos de Fada e Inovarte (almofadas e bolsas para piquenique com reaproveitamento de resíduos têxteis e banners); Design Possível e Ideário (bolsa urbana e necessaire, ambas produzidas pela parceria com Maria Tangerina e Cardume de Mães); Arte Rural (buquês confeccionados a partir de palha de milho par decoração); Rede Balsear (cerâmicas feitas a partir do ‘carimbo’ da flora do território pós-Balsa em São Bernardo do Campo, utilizando como inspiração a folha de chuchu, taioba, embaúba etc).
A Fresh From Brasil celebrou seis edições desde 2009, incluindo três dentro da Wanted Design – grande ponto de encontro da Design Week NY, com cobertura global em todas as publicações de design e veículos como Chicago Tribune, L.A.Times, New York Times, entre outros – e tornou-se muito concorrida durante a Design Week. Esse ano são esperados cerca de 20 mil visitantes no local, que recebe ações de todo o mundo.
Em São Paulo, a Economia Solidária está também presente na Design Weekend há algumas edições, integrando mostra de produtos, debates sobre design e moda inclusiva e também exposições e feiras. Nos dois casos, a articulação é possível por meio de uma parceria entre a UNISOL Brasil e a Associação Objeto Brasil, que realiza projetos dentro e fora do país com a missão de promover o design brasileiro.
“Participar desse evento mostra que há design em peças da economia solidária que são comercializadas em eventos e feiras aqui, e que elas têm extremo potencial. É também colocar a economia solidária numa discussão importante de tendências, de valorização do trabalho, do meio ambiente – porque algumas peças trazem a questão do reaproveitamento dos materiais -, da valorização humanitária”, avalia Isadora Santos, diretora da UNISOL Brasil.
“Mais do que isso, levar essas peças para um evento internacional mostra a qualidade e a excelência dos produtos que estão sendo confeccionados pelos grupos. Talvez em outros anos isso ainda não fosse possível, mas agora os grupos chegaram num nível de qualidade, acabamento, cadeia produtiva, enfim, o próprio desenvolvimento do produto, que permite esse tipo de atividade e ação. O nível dos produtos, e da economia solidária como um todo, por um trabalho que vem sendo feito pela UNISOL nos últimos anos, possibilita que eles tenham hoje essa condição, de estar expostos como tendência numa feira internacional de design”.

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