Neste 08 de março a UNISOL Brasil gostaria de homenagear e reforçar a ideia de luta que este dia representa, luta esta pela equidade de gênero e pelo protagonismo das mulheres na sociedade como um todo, mas em especial na economia solidária.
De acordo com a Estatística de Gênero do IBGE de 2010, em relação à renda, as mulheres ainda recebem cerca de 70% do valor dos rendimentos que os homens recebem, ou seja, apesar de serem cerca de 42% da população com ocupação econômica, as mulheres ainda ganham menos que os homens, mesmo exercendo funções iguais.
Já o SIES, Sistema de Informações em Economia Solidária, indica que as mulheres são 43,56% do universo de cerca de 19.000 empreendimentos que participaram do mapeamento finalizado em 2013. Nesse universo, 56,25% dos empreendimentos declararam que mulheres ocupam funções de coordenação e/ou direção do empreendimento, sinalizando que na economia solidária existe um protagonismo das mulheres. Apesar deste mapeamento não conter dados sobre gênero e rendimento médio dos empreendimentos, é possível dizer que a economia solidária promove a equidade de gênero, e tem em sua forma de trabalho o fomento ao protagonismo da mulher.
Nos últimos anos a UNISOL Brasil tem buscado promover a equidade de gênero e uma de suas medidas foi a implementação das diretorias paritárias. Atualmente, a Executiva Nacional e as Diretorias Estaduais são compostas por 50% de mulheres e 50% de homens. Magda Almeida, Diretora de Políticas Afirmativas da UNISOL Brasil e sócia da Coopertane, afirma que “as mulheres são grande parte dos filiados da UNISOL Brasil e é preciso fomentar cada vez mais a sua participação dentro dos empreendimentos e da UNISOL, desde as tarefas mais simples até as instâncias de liderança e tomadas de decisão”.
No ínicio de 2015 a UNISOL Brasil promoveu o encontro de mulheres em Manaus – AM, com o tema “Mulheres da Economia Solidária – Construindo a Emancipação”. Nelsa Nespolo, Vice-Presidente da UNISOL Brasil e presidente da Justa Trama participou do encontro e conta que “apresentamos a Justa Trama como um dos exemplos de empreendimentos protagonizados por mulheres, mostrando a luta diária para tocar o empreendimento e como por meio do trabalho solidário foi possível conquistar a independência econômica”.
No mesmo ano de 2015, durante o IV Congresso da UNISOL Brasil, um dos temas das rodas de conversa foi “O papel dos jovens e das mulheres no protagonismo da Economia Solidária”, que tirou indicativos sobre os temas para a nova diretoria eleita, dentre eles: levantamento e monitoramento de dados sobre a participação de mulheres e jovens nas ações promovidas pela UNISOL e nos empreendimentos; e estruturar, garantir recursos e efetivação de uma política permanente de formação política com os empreendimentos filiados incluindo questões de gênero, juventude e diversidades. Isadora Candian, Diretora-Tesoureira da UNISOL Brasil e sócia do empreendimento Ideário-Rede Design Possível, afirma que “é um compromisso desta diretoria construir e implementar uma política de mulheres da UNISOL Brasil, pois entendemos que a construção de uma sociedade com maior equidade de gênero passa pela independência econômica e protagonismo político das mulheres”.
A UNISOL Brasil entende que a economia solidária é um caminho para emancipação das mulheres e convida a todas e todos à construção de uma política de mulheres da UNISOL Brasil. Parabéns as mulheres que lutam, resistem e constroem um mundo mais justo, um país mais inclusivo e uma sociedade com igualdade de direitos e com respeito as diferenças.
Diretorias Estaduais paritárias, IV Congresso UNISOL Brasil, São Paulo – SP, 2015
Encontro “Mulheres da Economia Solidária – Construindo Emancipação”, Manaus – AM, 2015
Magda Almeida, Diretora de Políticas Afirmativas, IV Congresso UNISOL Brasil, São Paulo – SP, 2015
Nelsa Nespolo, Vice-Presidente, IV Congresso UNISOL Brasil, São Paulo – SP, 2015
Roda de conversa “O papel dos jovens e das mulheres no protagonismo da Economia Solidária”, IV Congresso UNISOL Brasil, São Paulo – SP, 2015