No início de março a Justa Trama teve dias intensos no Mato Grosso do Sul, na cidade de São Gabriel do Oeste. A agenda na região começou com o seminário sobre o algodão Agoecológico, debate importante com o foco na construção histórica do algodão, seguido pela discussão da importância das políticas públicas fundamentais para fortalecimento deste modelo de desenvolvimento. O evento contou com a presença do Secretário Estadual da Agricultura do Mato Grosso do Sul, Fernando Lamas, do Delegado do MDA Gerson Facina, do Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente Leo Grisom, Ir. Olga Manosso da CPT, Ari Souza pela Unisol e todos os coordenadores dos diversos Elos da Justa Trama com os agricultores do MS e da Secretaria do Turismo Rural de MT.
Dentro dessa agenda também foram realizadas visitas de campo no assentamento Itaqui, onde 6 agricultores iniciaram o plantio do algodão agroecológico Rubi, promovendo o desenvolvimento do algodão junto com os demais plantios, os quais garantem a sustentabilidade destes pioneiros na cidade. No terceiro dia a visita foi no assentamento Eldorado em Cinelandia, onde mais assentados também estão no plantio do algodão agroecológico da Justa Trama.
O estado do Mato Grosso do Sul hoje tem 232 assentamentos que envolvem mais de 32.000 famílias, cuja grande maioria foram implantados durante o Governo Lula e Dilma.
Durante a agenda a Justa Trama recebeu visita de Aline Martins que como consultora da FAO – ONU vem sistematizando a metodologia da Justa Trama para ser reproduzida nos demais países.
A agenda no Mato Grosso do Sul trouxe um importante balanço da Justa Trama, do ponto de vista da caminhada construída, bem como do ponto de vista financeiro. O crescimento da justa Trama e a ampliação das áreas de plantio tem sido o melhor resultado. Hoje no Mato Grosso do Sul a Justa Trama conta com 41 agricultores em 7 cidades plantando o algodão agroecológico Rubi. Em outros estados, como no Ceará existem também boas perspectivas devido as chuvas de janeiro, além da recém filiada Cooperativa Fênix, que produzem calçados. Hoje a Justa Trama conta com 6 cooperativas e associações filiadas. Nelsa Nespolo, presidente da Justa Trama afirma que “Nosso grande desafio neste ano é avançar na comercialização. Queremos que mais pessoas possam ter acesso a esta roupa saudável e sustentável, e que também garante mais inclusão e distribuição de renda.
Avaliamos como grandes conquistas a nossa nova sede própria, o tingimento pelo Projeto da Petrobrás, a recuperação do tear, e a nova produção de tecidos, além de revisarmos os valores de todos os processos e definirmos novos produtos”.
Entre março e abril a Justa Trama segue com importantes agendas, como o Fórum Mundial de Acesso à Terra, que será em Valencia na Espanha, junto a ConoSud/CERAI, e agenda em Minas Gerais, com o Governo Estadual, Governo Federal e Organizações para discutir sobre a situação da Coopertextil e definir as prioridades com Garraf Coopera.