O presidente Glauco Arbix, em coletiva para a imprensa, anunciou detalhes da nova política operacional da FINEP 2012-2014, que visa dinamizar a análise dos projetos que chegam à Financiadora e contribuir para alavancar a inovação da indústria brasileira. Foi criada a Conta Inova Brasil, que abre um crédito para empresas que façam investimentos permanentes em inovação. Se a estratégia dessas companhias é atender a requisitos, tais como a inclusão de empresas de base tecnológica para atuar como fornecedores, aumento de qualificação de trabalhadores, contratação de pessoal, parceria com ICTs e internalização de processos de engenharia consultiva, o financiamento poderá ter aportes anuais extras de até 35% em relação ao pedido original.
“Será uma espécie de cheque especial para a inovação, estimulando as estratégias corporativas que contemplem ações em Pesquisa e Desenvolvimento”, explicou Arbix. O presidente também anunciou que a FINEP irá financiar em até 80% a construção de fábricas ligadas a atividades que dão continuidade à geração de novos conhecimentos (primeira unidade fabril). “Também vamos apoiar a fusão e incorporação de empresas”, afirmou, complementando que a FINEP quer direcionar seu foco para atividades que visam posicionamento competitivo no cenário internacional.
Glauco anunciou também que os prazos de financiamento da FINEP passarão de até 10 para até 12 anos e que o prazo de carência – antes de até três anos – saltou para até 54 meses, ou seja, o prazo de execução será de até 48 meses acrescido de seis meses (quatro anos e meio). Este novo limite não é válido para propostas financiadas pelo Plano de Sustentação do Investimento (PSI), com condições pré-estabelecidas.
No ano passado, o PSI contratado (o repasse foi de R$ 3,75 bilhões) teve dois subcréditos: com taxas de 4 % e os prazos de até 36 para carência e mais até 84 parcelas mensais para amortização, o que representa até 10 anos no total; com taxas de 5 % e prazos de carência de até 24 meses e até 72 parcelas mensais para amortização, o que totaliza até 96 meses (oito anos).
Ainda sobre o PSI, a FINEP espera contar com mais R$ 6 bilhões em seu orçamento de 2012. O presidente da FINEP afirmou que existem hoje R$ 14 bilhões entre solicitações efetivas e em negociação. “Quanto maior a incerteza advinda da inovação, maior será o nosso incentivo. Com a implementação da nova política, teremos melhores direcionamentos de análise e a consolidação de um modelo que agilizará os nossos processos”, finalizou.
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