O encontro aconteceu na tarde de quarta-feira dia 26, e na manhã de quinta-feira no Hotel Nacional, na parte central de Brasília.
Para a composição da mesa, após o primeiro momento de credenciamento das delegadas presentes, foram chamados sob muitos aplausos e saudações de alegria, Paul Singer – Secretário Nacional de Economia Solidária – MTE, e a ministra Eleonora Menicucucci – titular da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).
Entre as falas foi ressaltada a ligação que se estabelece entre a Economia Solidária e o Feminismo; a origem da luta feminista; foi falado sobre as vítimas da opressão (sejam quais forem as opressões) e sua tendência a se segregar… Também sobre a predominância feminina entre os grupos de economia solidária e sobre a nossa luta, que precisa ser contínua, por uma sociedade que não oprime.
Quando exigimos fraternidade, igualdade… estamos lutando contra todas as opressões. Não é a toa que as mulheres foram heroínas na luta pela democracia no mundo inteiro.
É preciso que haja real igualdade entre sexos, opções sexuais, religiosas… A uniformidade não tem nada de humana.
Na economia solidária muitas vezes a opressão feminina é “invisível”. É preciso que as vítimas se disponham a lutar para que possamos lutar com elas. (…) Para termos uma sociedade livre de iguais.
Parafraseando Paul Singer, entre estas e outras lindas falas foram compartilhadas.
A ministra Eleonora se alegra ao ver o salão cheio e reafirma a segurança e certeza de que foi acertada a proposição desta reunião. Este número de delegadas mostra que estamos em todos os lugares, somos protagonistas.
Nos conta também que Paul Singer foi um dos primeiros homens no Brasil a escrever sobre a importância do movimento de mulheres. Em seus livros, sempre muito atuais, aprendemos muito sobre o patriacardo, sobre a opressão…
O conceito da economia solidária nasce do compartilhamento necessário a que nos colocamos nas relações sociais, nas relações de trabalho e dentro de casa. Por mais que estejamos em “pontos chave”, a sociedade ainda nos olha como “reprodutoras da espécie”. Temos jornada dupla, tripla… Enquanto isso existir em casa, nós mulheres estaremos cobrando nosso lugar.
Um segundo ponto que a ministra ressaltou em sua fala foi a violência contra a mulher. No dia anterior, dia 25 de novembro, lembra-se o assassinato das irmãs Mirabal que aconteceu em 1960 – 3 mulheres que tinham atividade política. O movimento de mulheres propós para a ONU que este dia se tornasse o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres.
Esta data também marca o início da Campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”, que termina dia 10 de dezembro – Dia Nacional dos Direitos Humanos.
Também falou de outra luta que temos que progredir, na luta contra o racismo. Este governo conseguiu avanços como no enfrentamento ao “racismo institucional”, aquele que acontece no atendimento público, especialmente às mulheres negras. Termina dizendo que serão as delegadas que mudarão a tônica e o tom da 3a CONAES. E que se orgulha de ver um auditório cheio, com mulheres trabalhadoras e que colocarão a perspectiva de gênero em pauta.
Fonte: Reproduzido do site FBES – Secretaria Executiva do FBES
Crédito das fotos: Leo Rizzo, da SPM.