Especializada em produtos derivados da banana e apoiada pela Unisol, Serra Pantaneira havia perdido pontos de venda em cantinas na UFMT

Em 60 dias o que parecia falência virou recuperação durante a pandemia para a Serra Pantaneira, empresa da agricultura familiar localizada à beira da BR-070, na cidade de Poconé, a 100 km de Cuiabá, no Mato Grosso. O comércio parou de vender nas lojinhas que mantinha nos campi da UFMT, ainda fechados em razão da pandemia. Mas, após conseguir uma linha de crédito, reergueu-se e abriu um empório às margens da rodovia.
A Serra Pantaneira vive da transformação de produtos da terra, em particular da banana Farta Velhaco – uma variedade da banana da terra que é menos doce e demora mais para amadurecer – em produtos comestíveis, particularmente chips fritos em tachões, salgados, embalados e vendidos. “Mas também fazemos chips de mandioca e de batata-doce”, conta a proprietária, Zilair Martins de Siqueira.
Ela participava de um coletivo que produzia os chips no fundo de quintal, mas que tinha dificuldades para vender. Foi aí que entrou a Unisol-MT. “Eles nos deram orientações para estabelecer o comércio e para ir atrás de financiamento e conseguiram ótimos pontos em feiras da região”, diz Zilair. “Foram mais do que pais para a gente!” A admiração é recíproca. “Ela é um exemplo de empreendedora de sucesso, e ajuda muito, envolvendo os moradores locais no negócio dela”, diz o coordenador da Rede Solidária Mato Grosso junto à Unisol, Geraldo Donizeti Lucio.
Os negócios, portanto, vinham bem. Mas, como aconteceu com muitos pequenos comércios, a pandemia de covid-19 surgiu prejudicando as vendas. “Então nós mudamos o foco para a venda de mercado: consegui crédito numa cooperativa em que somos filiadas e abri meu empório, além de vender pelo atacado para supermercados da região. Foram 60 dias para me recuperar”, diz Zilair.
A produção aumentou tanto que a própria banana plantada e colhida pela Serra Pantaneira já não é suficiente. “Hoje viajo para cidades até distantes, como Tangará, para comprar mais bananas.” A vantagem de manter o empório à beira da rodovia é justamente o alto número de turistas e de pessoas provenientes de outros estados que passam por lá. A BR-070 é passagem no caminho entre São Paulo, Goiás, Brasília e Mato Grosso do Sul, ao sul, e Rondônia, Acre e Cáceres, na Bolívia, ao norte.
Embora tenha deixado a coletividade e hoje seja a dona de uma empresa, Zilair não deixa de falar com orgulho: “faço questão de dizer que nós somos uma empresa de agricultura familiar. O empreendimento sustenta diretamente seis famílias e indiretamente umas 12, por causa dos produtos da terra que compramos”. E não para por aí. “No nosso empório nós temos hoje queijos, doces, tudo aqui da agricultura familiar”, completa Zilair.

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