Embora as cheias sejam parte de um fenômeno natural da região, nos últimos três anos o nível da água subiu muito, surpreendendo a população ribeirinha, parte dela envolvida com a produção de frutas e hortaliças para a Coopfamma.
De acordo com a presidente da cooperativa, Núbia Neves dos Santos, a enchente cobre toda a plantação. Os agricultores até conseguem colher parte das frutas, mas a perda chega a 80%. Com os viveiros suspensos, os trabalhadores poderão retomar o cultivo assim que as águas voltarem ao leito normal, no início de agosto.
A iniciativa ajuda, mas não resolve de vez o problema porque as plantações se perdem. Por conta disso, Núbia participou nesta terça-feira (25/06) de reunião com membros da prefeitura da cidade e do governo do estado. Ela pleiteou a doação de um terreno de 500 hectares, localizado em área não alagável.
“Dessa forma, podemos transferir a produção dos cooperados para um lugar onde é possível plantar o ano inteiro”, explicou. No entanto, a mudança permanente para a nova área dependeria de cada família. “A princípio, quem quiser ficar lá apenas no período de alagamento poderá fazê-lo”.
Outra solução seria fechar parceria com alguma agroindústria. Assim, a cooperativa poderia planejar a produção para, nesta época, trabalhar apenas com a polpa de fruta devidamente processada e armazenada.
Especializada na produção de frutas, a Coopfama conta com 42 cooperados e produz 200 toneladas/mês de mamão e 80 toneladas/mês de maracujá, entre outras culturas.
Veja abaixo documentário produzido pelo Canal AmazonSat sobre o assunto: