A moradora da Cidade de Deus esteve na reunião do Organização dos Estado Americanos – OEA em Washington, EUA, em outubro, para representar seu segmento e denunciar os desafios vivenciados com o atual governo – segundo ela, que não possui políticas públicas concretas para catadoras e catadores.
Costa reforçou a importância de estar presente nesses espaços sendo uma mulher negra e moradora de comunidade, levando as demandas de uma parte da população que carece tanto da presença do Estado.
Em sua fala, ela ressalta que os catadores e as catadoras não possuem direito nem a ter seu material de trabalho, porque muitas vezes seus carrinhos de coleta são recolhidos por agentes públicos: “Dei meu recado aos representantes do governo brasileiro que estavam em Washington. Eles precisam conhecer de verdade a realidade da comunidade preta e pobre no Brasil. Sugeri que passassem uma semana nas favelas.”
Costa ainda destacou que o segmento atualmente não possui representação em nenhuma instância de participação social nacional, pois foram retirados do Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Economia Solidária não está mais em funcionamento.
“O CNDH assumiu o compromisso de incluir os catadores e catadoras em sua Comissão Permanente de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, da População LGBTI, Promoção da Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo e também de cobrar a instalação do Conselho Nacional de Economia Solidária e da continuidade das políticas públicas de fomento às cooperativas e associações de catadores e catadoras”, afirmou o presidente do CNDH, Leonardo Pinho.