Na segunda-feira, dia 26 de setembro, será inaugurado o Complexo Industrial da Coopasub, na cidade baiana de Vitória da Conquista. O projeto é resultado da parceria entre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Fundação Banco do Brasil e a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, com investimento social de mais de R$ 12 milhões, que inclui ainda compra de equipamentos; instalação de casas de farinha; apoio à gestão, com capacitações; e estações digitais, para oferta de cursos de informática.
O BNDES e a FBB investiram R$ 5,6 milhões na construção da fecularia, que será um dos principais empreendimentos solidários no Nordeste. O projeto conta também com a parceria da Petrobrás, do Sebrae, da Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), da EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola), do Banco do Brasil e da Unitrabalho. As parcerias asseguram que o fomento da cadeia produtiva se faça por completo, desde a pesquisa para o melhoramento de manivas até o descarte e reaproveitamento da manipueira.
O Empreendimento irá propiciar condições para melhoria na renda e na qualidade de vida das famílias dos agricultores familiares – produtores de mandioca da região. O empreendimento também agregará valor ao produto, por meio da industrialização da fécula e da farinha, evitando o desperdício e contribuindo para a valorização da produção. Estarão presentes na inauguração, o Governador da Bahia, Jaques Wagner, o presidente da Fundação BB, Jorge Streit, o prefeito de Vitória da Conquista, Guilherme Menezes, o superintendente do BB no Estado, Edson Pascoal Cardozo, representante do BNDES e parceiros.
A Fecularia terá capacidade de produção de 100 toneladas de fécula por dia e, antes mesmo da inauguração, com apenas 52 dias trabalho, já foram processadas 1.484 toneladas de raiz de mandioca e produzidas 373 toneladas de fécula. Parte desse material já foi comercializado.
Desde 2005 a Fundação Banco do Brasil mantém investimentos na cadeia produtiva da mandioca. Foram mais de R$ 16 milhões em 82 projetos que, em sua maioria, focaram a geração de trabalho e renda em comunidades pobres de 44 municípios brasileiros. As ações para o fortalecimento da cadeia produtiva da mandioca estão presentes na Bahia, principalmente em Vitória da Conquista, com apoio à Coopasub (Cooperativa Mista Agropecuária dos Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia). A Cooperativa reúne agricultores de 18 municípios baianos e congrega 2, 4 mil cooperados que, juntos, são responsáveis por produzir em média 16 toneladas de mandioca por hectare.
A região é uma das maiores produtoras de farinha do país e se destaca pela formação de cooperativas, que estão aumentando a geração de renda da população local com a adoção de novas práticas de comercialização, introduzindo novas tecnologias que otimizam a produção e conservam os recursos naturais.
No Brasil, cerca de 89% da produção de farinha vem de agricultores familiares. Além dos recursos, a Fundação BB realizou estudos sobre a viabilidade comercial da farinha no Acre, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Rondônia; incentivou a formação de cooperativas de agricultores; forneceu assistência técnica; e inaugurou casas de beneficiamento de Mandioca, produção de farinha e fecularias.
Seis casas de farinha em Vitória da Conquista – Estão sendo construídas seis Casas de Farinha que beneficiarão, diretamente, mais de 560 agricultores familiares nos municípios de Cândido Sales, Ribeirão do Largo, Piripá, Belo Campo e Condeúba. Cada uma dessas fábricas tem capacidade para industrializar uma média de 30 sacos de farinha por dia. Toda produção será embalada na Empacotadora do Complexo Industrial da Coopasub, no bairro Corta Lote, em Vitória da Conquista, e depois comercializada na Bahia e em outros Estados. O investimento total chega a quase R$ 1 milhão.
As casas de farinha têm aproximadamente 200 metros quadrados de área e contam com: caixa para coleta de resíduos (manipueira e água do processo de extração de fécula); fornos de tijolos semi-refratários com grelha; reservatório de água; fossa séptica com ligação a rede de esgoto; e sumidouro. As instalações elétricas e hidráulicas seguem as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e, por isso, procedimentos e funcionários da casa de farinha são devidamente padronizados.
Programa Estação Digital – Em janeiro deste ano, foi inaugurada a Estação Digital da Coopasub (Cooperativa Mista Agropecuária dos Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia), uma iniciativa da Fundação Banco do Brasil que mantém estações espalhadas por todo País. Além de Vitória da Conquista, as cidades. Anagé, Barra do Choça, Belo Campo e Cândido Sales foram contempladas com o Programa, com direito a cursos de informática, navegação na internet e manutenção de computadores, facilitando o acesso à informação e à comunicação. A Fundação Banco do Brasil doa os equipamentos necessários, e por um ano, custeia os monitores, a internet e a manutenção dos computadores. A Cooperativa, por sua vez, é responsável por manter os cursos e também por fornecer o local. A Estação da Coopasub recebeu reforço, ainda, do Movimento Sem Terras, que disponibilizou o espaço onde foram instaladas as salas da Estação, como também água e energia.
Os alunos das primeiras quatro turmas, compostas por cooperados e filhos de cooperados já concluíram o curso. Agora, a Cooperativa está em processo de matrícula, com vagas para mais quatro turmas, incluindo alunos da rede pública de ensino. A previsão de início do curso é para semana que vem.
A Fundação BB desenvolve desde 2004, o Programa de Inclusão Digital, que tem como objetivo reduzir o índice de exclusão digital, promover a iniciação à informática, propiciar formação e qualificação para o trabalho, acesso aos serviços eletrônicos do Governo, fortalecer as ações das organizações da sociedade civil a partir de uma ótica participativa e comunitária e contribuir com a qualidade da aprendizagem na escola pública. Hoje já são mais de 280 estações em funcionamento em todo País. Nos últimos meses, a Fundação BB firmou parceria com o Banco do Brasil, com o compromisso de implantar outros 1.471 espaços, em cinco anos, no âmbito do Programa Telecentros-BR do Governo Federal.