Felicidade se via de longe nos rostos dos catadores de materiais recicláveis, que receberam o certificado do Cataforte. Foto: Raquel Camargo/SMABC.

Investir no capital humano é uma das iniciativas da UNISOL Brasil e parceiros, que deram vida ao projeto Cataforte (Programa de Fortalecimento do Associativismo e Cooperativismo dos Catadores de Materiais Recicláveis). Foi através dele, que centenas de catadores de material reciclável foram formados e certificados. Nesta quinta-feira, 22, grupo de trabalhadores recebeu das mãos de autoridades o certificado de dois cursos: Capacitação em Logística e Atuação em Rede; Capacitação para Atuação em Rede com Foco na Utilização de Caminhões.
A solenidade de entrega dos certificados ocorreu durante o painel temático ‘Encontro de Catadores’, no segundo dia de atividades do 3º Congresso da UNISOL Brasil, realizado no Cenforpe Ruth Cardoso, em São Bernardo no Campo. Uma das pessoas que recebeu o importante documento foi a presidente da Associação Recicla Pirituba, Fabiana dos Santos. “Éramos marginalizados pela sociedade, visão que acabou sendo incorporada pelos próprios catadores. Hoje é diferente, somos capacitados, com poder administrativo”, disse.
A sensação de orgulho tomou conta de Vilma Moura de Souza, coordenadora da Vila Popular, durante a solenidade. Ela, que nunca tinha passado por essa experiência, aprovou o resultado, considerado divisor de águas em sua vida. “Foi um desafio muito grande, principalmente quando eu fiquei encarregada de formar grupo de catadores. Fiz com que o tema ‘Logística’ deixasse de ser um bicho de sete cabeças”, afirmou.
Na visão de Maria Monica da Silva, integrante da equipe executiva da Coopcent ABC, a formação de catador para catador é mais eficaz. Conforme ressaltou, é fundamental que os cooperados tenham noção de logística, para aprender a cuidar de bens e saber planejar. Essas percepções também foram identificadas pela catadora da Associação Raio de Luz, Valdineia Adriana de Jesus, que recebeu a formação por meio de outra colega cooperada.
Para a catadora da Coopernova Cotia, Raimunda Maria de Paula, junto com a formação veio também à conscientização de que todos são donos do empreendimento e, por isso, é tão importante entender um pouco sobre cada área. “Tenho esperanças de que a formação chegue a outros cooperados que ainda sofrem com a falta de informação”, observou.
Rosa Maria Araujo Santos, presidente da Cooperativa de Produção dos Catadores de Materiais Recicláveis Itapevi, mencionou que tudo o que diz respeito à Economia Solidária é importante para os cooperados. A formação também os ajudou a entender melhor o que significa se unir em rede, além de questões que envolvem a comercialização para o consumidor final.
Se tornar educadora social, fez com que Marineide Alves Santos, diretora de relações públicas da Coopernatuz, tivesse o desejo de aprender cada vez mais. Agora ela solicita que sejam realizadas formações também em outras áreas do conhecimento, sugerindo a política como próximo tema.
Na Reluz, cooperativa da presidente Francisca Maria Araujo, os cursos do Cataforte despertaram curiosidade, mais que isso, despertou o prazer de levar a experiência à outros catadores. Ela explicou que as aulas práticas foram de ‘vento em polpa’ e o trabalho posterior saiu sem falhas, um crescimento grande na vida da cooperativa, conforme avaliou.

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