Após varias reuniões técnicas entre o BNDES e a ABCRED, ficou estabelecido um compromisso entre as duas entidades nacionais. Um projeto orçado em quinhentos milhões de reais, com investimentos em um projeto de desenvolvimento para o microcrédito, através da OSCIPs de Microcrédito participantes da ABCRED. O investimento será em sistemas, equipamentos, formação de agentes de crédito e gestores e outras formas para apoiar o que chamaram de expansão e massificação do microcrédito no Brasil. O Diretor da Área Social e de Crédito do BNDES, Élvio Gaspar, afirmou que em alguns anos esse valor poderá alcançar uma carteira de 1 bilhão de reais, pois o conjunto das OSCIPs já começam com uma carteira de 200 milhões e muito conhecimento.
O presidente da ABCRED, Almir Pereira, apresentou à diretoria do BNDES e às 31 entidades presentes um projeto alinhado com as políticas federais para a erradicação da pobreza. O projeto é composto por dois grandes componentes, o primeiro é para capacitar a rede ABCRED das condições necessárias ao atendimento de pelo menos três vezes a clientela atual. O segundo componente é a linha de microcrédito, através do Programa de Microcrédito do BNDES, com recursos financeiros para empréstimos aos empreendedores, com a meta de seiscentos mil clientes ativos de microcrédito produtivo orientado, o valor total é próximo a 800 milhões de reais. Hoje, a ABCRED representa cerca de 50 entidades espalhadas em todas as regiões do Brasil e são responsáveis por atender 180 mil empreendedores populares. Com o projeto poderá chegar a 600 mil clientes, num prazo de três a quatro anos. As duas entidades, ABCRED e BNDES, consideram esse projeto uma oportunidade para a democratização do acesso ao crédito no país, pois irá assegurar a oportunidade de investir para novos empreendedores brasileiros. As entidades ligadas a ABCRED, operam microcrédito produtivo orientado e não tem finalidade de obter lucros, todo o resultado é reinvestido em novas operações.
Uma novidade nesta proposta da ABCRED é instituição de uma auto regulação do segmento do microcrédito, que deverá ocorrer após uma concertação entre as entidades sócias, debatendo as melhores práticas, indicadores e metodologias de microcrédito produtivo orientado, afirmou Almir Pereira, da ABCRED. Questionado se haverá redução de juros, Pereira preferiu afirmar que “isso dependerá do custo cobrado no empréstimo às OSCIPs” atualmente é a TJLP mais 1,5%a.ano, pois as OSCIPs fazem o Microcrédito Produtivo Orientado e para isso utilizam muita mão de obra, um custo do qual não abrem mão “é com ela que atendemos bem o empreendedor popular”. O Banco Central e o Ministério do Trabalho estiveram presentes, o BID, o IFC (Banco Mundial) e a Fundação Citi participaram através de teleconferência.
Almir da Costa Pereira: é presidente da ABCRED-Associação Brasileira das Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças e Executivo do Banco do Povo Crédito Solidário, no ABC em São Paulo.
Fonte: BNDES.

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