Com o objetivo de criar uma agenda de trabalho da região, ocorreu  no último dia 18, quinta-feira, o “Seminário Internacional sobre Cooperativismo na Agricultura Familiar” (SICAF), em Foz do Iguaçu (PR).  O evento foi organizado pela UNILA, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar (REAF), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola do Mercosul (FIDA MERCOSUL). No encontro, se reuniram representantes do governo, de organismos multilaterais, movimentos sociais, cooperativas e instituições acadêmicas para uma discussão sobre práticas, desafios, estratégias e avanços no cooperativismo da agricultura familiar, na região da América do Sul.
Cerca de 40 profissionais foram convidados e participaram com apresentação de trabalhos em painéis temáticos, nos quais procuraram demonstrar as dificuldades e os limites que vêm sendo encontrados nos países a respeito da agricultura familiar.
Arildo Mota Lopes, presidente da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), evidenciou o trabalho da Unicopas, que congrega atualmente três principais organizações de representação do Cooperativismo Solidário no Brasil. Também enfatizou a necessidade de regulamentação da Lei da Agricultura Familiar (11.326/2006). “Esse seria um passo importante para que sejam definidas políticas públicas permanentes de Estado – e não de um governo – voltadas ao segmento da agricultura familiar”, disse. Destacou, no entanto, outras leis que avançaram nesse setor, a exemplo da Política Nacional de agroecologia e produção orgânica, de 2012.
Um dos coordenadores do evento, professor Dirceu Basso, do curso de Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar, lembrou que um dos destaques no debate foi quanto aos desafios da abertura de mercado para a área da Agricultura Familiar.
“Tivemos duas fases nesse seminário: primeiro, com a troca de experiências no campo da agricultura familiar, governos e mercados e no campo da pesquisa; e depois, ao final do evento, com a sistematização dessas informações visando à criação de uma agenda de trabalho conjunta entre estes profissionais e suas instituições”, explicou o professor.
No painel dedicado a experiências do Uruguai, foram destacados pontos como a necessidade de desenvolvimento de um esquema de direção e gestão que contemple a complexidade e a particularidade das cooperativas da agricultura familiar e, ainda, a inserção dos produtores na cadeia de valor, por meio de políticas públicas adequadas. “Entre os desafios para cooperativas agrárias na inserção de Políticas Públicas estão a redução da dívida gerada em períodos anteriores, reengenharia institucional, desenvolvimento de inovações e redes interinstitucionais, além de programas de diferenciação de produtos”, disse Virginia San Martin, vice-presidente da Cooperativas Agrárias Federadas (CAF), que reúne 13 mil produtores uruguaios.
Aproveitando a presença desses profissionais e procurando aproximá-los dos estudantes do curso e de interessados no tema, os organizadores resolveram criar uma atividade aberta, que foi realizada paralelamente ao Seminário, na noite de quinta-feira (18), o “Painel Internacional sobre Cooperativismo na Agricultura Familiar”. “Queremos que os estudantes do curso possam participar desse debate, por isso essa proposta de reunir em uma mesa de profissionais da Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai”, disse.

Fontes: UNILA e http://www.h2foz.com.br/.

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