Foto: Cesar Ogata/Secom

A Prefeitura de São Paulo ampliará em mais de cinco vezes a coletiva pública seletiva de lixos secos até 2016 na cidade – passará dos atuais 1,8% para 10% dos resíduos retirados das ruas, por meio da extensão do serviço para os 96 distritos do município e a construção de quatro centrais mecanizadas de triagem. A ação foi definida por meio do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo (PGIRS).
Os lixos secos correspondem a papel, papelão, jornais, revistas, cadernos, folhas soltas, caixas e embalagens em geral, caixa de leite, caixas de papelão (desmontadas), metais (ferrosos e não ferrosos) latas em geral, alumínio, cobre, pequenas sucatas, copos de metal e de vidro, garrafas, potes e frascos de vidro (inteiros ou quebrados), plásticos (todos os tipos), garrafas PET, sacos e embalagens, brinquedos quebrados, utensílios domésticos quebrados
Para o prefeito Fernando Haddad, o plano coloca São Paulo na vanguarda da questão ambiental no país. “Nós vamos ser a primeira cidade do Brasil e da América Latina a ter as primeiras duas centrais de triagem mecanizadas. Cada central tem capacidade para 2,5% de todo o resíduo sólido produzido na cidade de São Paulo. Isto significa que nós vamos este ano ainda superar o 6% de capacidade de coleta seletiva”, afirmou Haddad.
Cada uma das centrais receberá das empresas concessionárias investimentos de R$ 35 milhões e processará 250 toneladas diárias de resíduos recicláveis, o que possibilitará ao município triplicar sua capacidade de processamento, chegando a 750 toneladas por dia. As duas primeiras devem entrar em operação ainda no primeiro semestre deste ano – uma está sendo construída na avenida Miguel Yunes, ao lado do Transbordo Santo Amaro. A outra está localizada na avenida do Estado, na Ponte Pequena.
“Todas estas máquinas são importadas e nós sugerimos às concessionárias que comprassem máquinas diferentes, para testarmos as tecnologias. As duas primeiras virão da França e da Alemanha. A ideia é transformar São Paulo em um laboratório de boas práticas”, apontou o prefeito.
Cooperativas
Esta medida de ampliação da coleta seletiva está acompanhada de um processo de valorização das cooperativas de reciclagem. A Prefeitura abrirá espaço para parceria com novas cooperativas e remunerará os serviços a um valor fixo de referência.
“Hoje nós temos um convênio em que a gente fornece o caminhão, o galpão e pagamos as despesas como luz, água, IPTU e aluguel. Nós vamos criar com a receita das grandes centrais um fundo privado que vai gerenciar os recursos. Além de pagar as cooperativas, elas vão ter a possibilidade de vender a produção para este fundo a um preço garantido. E também vamos contratar as cooperativas pelo trabalho ambiental que elas prestam”, explicou o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro. Atualmente a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana tem cadastradas 22 cooperativas e associações de catadores.
Em dezembro de 2013, foi anunciada uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 40 milhões que será utilizada para melhorar a estrutura das 22 centrais de triagem já existentes. O investimento prevê a reforma, adequações, modernização e equipagem das 11 centrais de triagem existentes instaladas em galpões próprios. Além disso, 11 centrais de triagem instaladas em galpões alugados serão modernizadas e equipadas.
Fonte: Prefeitura de São Paulo

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