Empreendimentos voltados para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços de modo que o lucro obtido é dividido entre todos, assim como qualquer instrumento de produção, compõem o que chamamos de Economia Solidária.
O setor envolve questões sociais, econômicas, políticas, ecológicas e culturais. Além da visão de geração de trabalho e renda, as experiências voltadas a esse segmento, projetam-se na construção de um ambiente justo e sustentável.
Responsável pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) desde 2003, o economista Paul Singer afirma que os avanços e mudanças da Economia Solidária são notáveis. “Ela está avançando, no entanto, é igual a uma economia de mercado, não se consolida, nunca permanece a mesma, apenas os princípios permanecem. Acompanhando nos últimos dez anos mudou muito. Antes só algumas metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, entre outras, tinham Economia Solidária. Hoje, ela está difundida, está muito presente em áreas rurais e periféricas, cobre o País todo”, disse.
De acordo com Singer, apesar dos progressos, o setor enfrenta dois desafios: acesso a crédito e ao mercado. “Aparentemente, nos últimos anos ficou mais patente que temos que criar um sistema de finanças solidárias, que priorize gente pobre, pois temos problemas em conseguir acesso a crédito e ao mercado. Estamos construindo isso agora com bancos comunitários, cooperativas de crédito e fundos rotativos. Esses métodos estão ajudando a superar os desafios”, afirmou.
Atualmente, existem 104 bancos comunitários no Brasil, os investimentos começaram há mais de 15 anos e nos últimos 3 anos vem se multiplicando para unir a comunidade e promover o seu desenvolvimento.
 

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