Em Sete Barras, uma das mais ecológicas filosofias de plantio de SPLocalizada no bairro do Guapiruvu, a Cooperagua é um assentamento que data de meados do século XX, mas cujos lavradores só receberam a posse das terras em 2005. É também uma das filiadas à Unisol que ficou um tempo sem fornecer alimentos para as escolas durante a pandemia de covid-19, em razão da suspensão, por parte da Prefeitura de São Paulo, da merenda. Representada pela CooperCentral VR – que fala em nome de outros empreendimentos da região – e pela Unisol Brasil, a Cooperagua voltou a fornecer em abril deste ano, já que a Prefeitura paulistana retomou o abastecimento para mais de um milhão de alunos, para quem a merenda é uma das principais fontes de nutrientes.Hoje, a cooperativa do Guapiruvu conta com 86 cooperados, representando um total de 65 famílias no assentamento – e que tiveram de lutar muito para terem direito à sua terra. Um parque estadual foi criado em 1995 tomando parte da área dos moradores, e muitos deles foram expulsos sem nem um mandado judicial. “Os guardas batiam na gente com casca de palmiteiro”, diz o coordenador da Cooperagua, Agnaldo José de Oliveira.Com a posse emitida em 2005, os ânimos se acalmaram e os assentados puderam dedicar-se ao que mais gostam – o plantio em harmonia com a natureza. Muitos dos agricultores locais plantam a banana seguindo princípios agroecológicos, sem agrotóxicos e outros defensivos. Alguns vão mais longe: seguem princípios agroflorestais.“Nem as folhas que caem das bananeiras eu retiro do solo”, diz Gilberto Ohta, ex-coordenador da Cooperagua e um verdadeiro militante pela causa ecológica e social. O seu terreno ainda tem um grau de compactação que remete ao tempo em que tentava seguir técnicas de produtividades comuns ao agronegócio, mas de grande impacto ambiental. “Por exemplo, plantávamos gengibre e banana, e o gengibre consumia a fertilidade do solo, prejudicando a banana.” Também no Guapiruvu há plantio de outros gêneros – como o maná-cubiu, fruta prima do tomate de sabor doce pouco ácido, e o açaí Jussara, que difere do tradicional açaí amazônico por não ter gosto de terra. “Essa diversidade e a preocupação ecológica deveriam fazer esses agricultores serem vistos como o futuro da alimentação humana. Mas em vez disso continuamos tendo de lutar contra a monocultura imposta pelos latifundiários”, diz Léo Pinho, presidente da Unisol, que visitou a comunidade na última semana.

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